
"Se as portas da percepção se descerrassem, cada coisa pareceria ao homem como é, infinita", essas palavras do poeta William Blake, vieram como um som ensurdecedor nos ouvidos de James Douglas Morrison. O sagitariano percebeu que seus sonhos de liberdade poderiam ganhar forma através das palavras.
Um poeta totalmente diferenciado, tentando vencer os próprios demônios que o azucrinavam a cada noite de sono mal dormida. Jim Morrison definitivamente abriu as portas... inovador em sua escrita, sua música, seu próprio teatro e em suas trocas de pele.
O "Rei Lagarto", como costumava se autodenominar, trouxe ao mundo do rock peças importantes desse guarda roupa atemporal; calças de couro bem apertadas, jaquetas estilizadas com um toque da década passada (no mais estilo Elvis e o selvagem Marlon Brando), casacos de pele que só o aproximavam mais de sua essência animal, botas de couro inesquecíveis e imponentes, e é claro, óculos escuros no estilo aviador, para provar e comprovar que se tratava de um Rockstar, esse tal de Jim Morrison.
De natureza mística, o filho do orixá Xangô, explanou as injustiças do "mundo perfeito" ao qual todos acreditavam pertencer e dominar. Tentando até o fim encontrar seu lugar no mundo, seja nos braços de Pamela Courson, ou nos palcos espalhados pelo mundo. O viajante na tempestade mostrou que o fim não está tão próximo assim, pois sua esperança de um lugar melhor permaneceu intacta e parou nos olhos do menino de Melbourne; onde ele nos convidava com sensualidade ímpar: "Vem meu bem, corre o risco conosco”. Confira "Break On Through (To The Other Side)":